O marketing direto já existia antes da ascensão do marketing digital.
Sabe aqueles envelopes que as pessoas recebiam via correios, contendo catálogos de produtos, panfletos ou cupons de desconto?
Essa ação, chamada de mala direta, foi o primeiro conceito de marketing direto a ser utilizado.
No início dos anos 2000, os estudos de marketing avançavam para adotar estratégias mais personalizas de abordagem, e as marcas queriam se aproximar de seus públicos utilizando essa conduta.
Com a chegada do Inbound Marketing, o conceito de segmentação de público ficou ainda mais indispensável para uma comunicação mais próxima com o consumidor.
A mala direta é utilizada até hoje. Claro, em menor volume depois da chegada da internet.
Em contrapartida, a web valorizou ainda mais outra estratégia clássica de marketing direto: o email.
Hoje, o email marketing é a ferramenta que oferece o melhor custo-benefício do mercado. E esse diferencial persiste mesmo depois da eclosão do Covid-19.
A urgência em sobreviver ao conturbado período da pandemia delimitou novas estratégias de vendas (a ascensão do e-commerce é a prova disso).
Esse processo exigiu mais do que aproximação com os clientes. Foi necessário que as marcas promovessem afinidade com seus públicos.
No mundo das conexões pós-pandemia, o marketing direto não é mais o mesmo. E quais são as suas maiores transformações? É o que veremos a seguir.
Tabela de conteúdos
Marketing direto e vendas
Se antes o marketing direto era mais aplicado ao varejo, hoje essa estratégia está sendo amplamente usada para trabalhar o branding.
O perfil do consumidor se transformou, e com isso, é necessário que a comunicação se adapte aos novos parâmetros de um lead mais interessado em se envolver, e não em comprar somente.
É o que conhecemos por engajamento, e o novo consumidor está procurando por isso.
Conversar diretamente com o público sem a interferência de intermediários é a principal característica do marketing direto. Isso justifica a sua ligação com o varejo (e com as vendas imediatas).
Porém, com o advento do Inbound Marketing, a experiência de dialogar com o consumidor se tornou muito mais humanizada.
Atualmente, criar um relacionamento duradouro com o lead é imprescindível, pois as vendas deixaram de ser apenas vendas.
O Inbound nos trouxe o conceito de persona e a jornada do comprador, com todos os seus estágios no funil de marketing.
O principal a ser constatado é que as vendas mudaram junto com o marketing digital. Tudo é mais humano e mais personalizado.
Assim, o marketing direto desempenha o seu papel com excelência, tanto na fase de venda quanto no pós-venda.
As mudanças que a pandemia trouxe
É fato que o e-commerce se agigantou no período da pandemia. E na esteira desse fenômeno, a comunicação se reinventou.
O varejo digital, que já tinha fortes laços com o marketing direto, encontra-se combinado a novas estratégias de fidelização.
Diante desse “boom” de oportunidades de negócios, a personalização tornou-se o argumento mais importante na hora de atrair e converter o público (olha o Inbound aí outra vez).
Os emails, por exemplo, deixaram de ser apenas uma mensagem na caixa de entrada dos destinatários.
Para que o marketing por email seja realmente eficaz, é preciso que o conteúdo da mensagem seja íntimo do leitor, ou seja, o público precisa se sentir psicologicamente envolvido.
Mensagens de texto tornaram-se mais frequentes nas comunicações personalizadas, chamando a atenção do lead para algum item que tenha demonstrado interesse prévio.
Redes sociais atuam como lazer e entretenimento. Entre uma distração e outra, o consumidor entra em contato com soluções para os seus problemas, e não com produtos.
E assim a comunicação vai conversando com as pessoas, uma por uma, até criar vínculos de afetividade entre marcas e indivíduos.
O futuro do passado
Marketing direto é coisa do passado? Não é, e o Inbound está aí justamente para provar isso.
Nunca se falou tanto em humanização, e o marketing direto põe a individualização no foco.
Outra criação do Inbound que corrobora a necessidade de comunicação customizada é a persona, que nada mais é que a hipersegmentação do público representada na figura humana.
O marketing direto se sofisticou e se aperfeiçoou com o passar do tempo. O conceito é o mesmo, porém, a capacidade de personalização é ainda maior após a ascensão do marketing digital.
E de todas as ferramentas, a lista de emails e as redes sociais se destacam como as estratégias que mais geram resultados, por oferecerem um excelente custo-benefício.
Além disso, permitem a segmentação de público, a mensuração dos resultados, a nutrição de leads, entre muitas outras funcionalidades.
Dicas para sua campanha de marketing direto
Personalização é a palavra-chave que permeia não somente o marketing direto, mas também os esforços de comunicação da atualidade.
Para criar uma campanha bem estruturada, você precisa:
- Conhecer bem sua persona: a hipersegmentação de público permite que você mapeie as dores e virtudes do seu lead. Use esse conhecimento para criar o diálogo ideal com o consumidor.
- Escolher a melhor ferramenta: qual é o melhor canal para sua comunicação? Mensagens de texto, email marketing, redes sociais ou mala direta via correios? (Embora menos utilizada nos dias de hoje, a mala direta ainda é muito eficaz. Cupons de desconto são bons exemplos do sucesso dessa estratégia).
- Testar seu plano: o teste A/B fornece uma prévia da receptividade das suas campanhas. Aplique esse recurso!
- Mensurar os resultados: analise tudo que deu certo e o que não obteve sucesso para aperfeiçoar a comunicação das próximas campanhas.
Diante dos fatos, o maior desafio do marketing digital é superar a si próprio. Afinal, ainda não inventaram uma forma melhor de individualizar a comunicação.
Não subestime o poder de uma estratégia consagrada. “Panela velha é que faz comida boa”.