Quem utiliza contas de email acaba tendo que encarar as práticas de um spammer, mais cedo ou mais tarde.
Isso acontece porque na era do marketing digital e dos negócios online, dados e informações de pessoas valem muito.
Em outras palavras, quem tem os contatos certos já tem meio caminho andado para o sucesso das ações de marketing.
Atrelado a isso está o email, que é um meio de comunicação muito eficiente a um custo realmente inferior, se comparado a outros meios digitais.
Além disso, o email marketing possui um ROI (retorno do investimento) expressivo, representando US$ 42 de retorno a cada US$ 1 de investimento.
É uma rentabilidade bastante atrativa e, por esse motivo, o spammer busca um atalho para tentar se aproveitar dessa lucratividade, construindo listas enormes de qualquer maneira e a qualquer preço.
Ou seja, qualquer pessoa que seja atingida pelas mensagens enviadas pelo spammer (o spamado) acaba representando ganhos.
Entretanto, uma pessoa que constrói uma lista de contatos através de práticas spammers fica suscetível à uma série de penalidades, como a inclusão em blacklists internacionais, bloqueios, caixa de spam e também às multas e sanções aplicadas pela LGPD. Afinal, enviar spams é um ato que infringe a Lei.
Você sabe como construir uma base de emails da forma correta? Assista ao webinar ministrado pelo COO da SafetyMails, Rodrigo Gonçalves, e tire todas as suas dúvidas!
Os provedores dos destinatários bloqueiam listas com spams e enviam a identificação dos proprietários dessas listas para blacklists do mundo todo, o que atinge em cheio a reputação do remetente. Isso, sem contar com as penalidades aplicadas pela LGPD.
Mas porque então, tanta gente ainda insiste em ser spammer? Vamos entender a seguir, o que essas pessoas pretendem.
Tabela de conteúdos
O que um spammer quer
Para um spammer, a maioria das ações gira em torno de tentativas de ganho financeiro, a começar pela coleta de endereços para a comercialização.
Um dos métodos, conhecido como email harvesting, rastreia diversos sites, blogs, fóruns, dentre outros serviços da web em busca de endereços de emails.
Funciona da seguinte forma: o robô faz a coleta (como o próprio nome já diz) e cria bases gigantes para o próprio spammer ou para que ele possa vendê-las para empresas e profissionais que não estão preocupados com a Lei e as boas práticas, ao mesmo tempo que desconhecem os prejuízos de uma lista construída dessa forma.
Outra metodologia para a criação de listas de email para spam são as scraped lists. Mas aqui, somente os endereços corporativos são reunidos numa lista.
O bot age realizando um cruzamento entre os nomes mais comuns dos endereços corporativos (vendas@; financeiro@; atendimento@, etc.) com todos os domínios possíveis. Esse processo cria listas infindáveis de emails.
Dessa forma, uma base cheia de bounces e emails inválidos é formada. Sempre é bom lembrar que bases contendo 3% de bounces sofrem bloqueio nos provedores dos destinatários.
Uma outra forma que o spammer busca para obter alguma vantagem é a disseminação de emails portadores de links para malwares de phishing e ransonware.
Nesse caso, estes emails envolvem o envio de mensagens em massa com links que, uma vez clicados, instalam softwares maliciosos que poderão roubar as informações dos usuários ou instalar programas que capturam e criptografam os dados das vítimas.
Assim, o spammer faz transações financeiras no nome da vítima ou ainda, sequestra seus dados e solicita um pagamento para devolvê-los.
Existe ainda uma terceira forma o spammer busca alguma vantagem financeira: enviando propagandas para destinatários desavisados. Ou seja, emails em massa que podem vender.
O que o enviador esquece é que os filtros de spam são altamente criteriosos na identificação desses emails. E aí, ocorrem os bloqueios, com envio do domínio remetente e seus IPs para as blacklists.
Como ficar longe das ações de um spammer
Para profissionais
Spammers significam dores de cabeça, tanto para profissionais de marketing digital, como também para consumidores comuns.
O segredo para ficar longe de spams é a construção de uma lista de emails da forma correta, contendo leads com permissão, reais e ativos.
Uma das maneiras de fazer isso é através de conteúdo rico como ebooks, webinars, dentre outros, que sejam interessantes e que chamem a atenção do público.
Assim, criam-se meios de obter os dados, como um formulário de cadastro, através do qual o lead tem acesso ao material ou ao evento, mediante o preenchimento de seus dados (que incluem seu email).
O formulário também deve conter o opt-in, que é a solicitação do consentimento do destinatário para armazenamento e tratamento de dados e para o recebimento dos emails da empresa.
É importante destacar que o formulário integrado a uma API de verificação em tempo real é a garantia de uma lista limpa e livre de emails inválidos. Dessa forma, nasce uma campanha com grande potencial de sucesso.
Em outras palavras, profissionais de email marketing jamais devem fazer email harvesting ou trocar leads com outros profissionais ou empresas. Assim, os spams se mantêm totalmente afastados das listas.
Para consumidores
O pior do spam para o consumidor comum é o risco de golpes. Por isso, ao receber um email com uma linha de assunto apelativa, não abra.
Da mesma forma, não clique em nada suspeito e também não abra anexos. Não atenda a solicitações de atualização de cadastro, seja qual for a empresa.
Os criminosos estão cada vez mais sofisticados e com isso, conseguem fazer réplicas idênticas aos emails idôneos. Bancos, por exemplo, são alvos dessa ação.
Por fim, altere a senha do seu email frequentemente e utilize o escaneamento do antivírus em seu computador.
Como saber se um remetente de emails é spammer
As blacklists existem para identificar spammers. O site blacklistalert.org reúne mais de 30 serviços de blacklisting, onde o consulente pode verificar se um domínio ou IP é spammer.
Para consultar, basta digitar o nome no campo e clicar no botão “check”.
Conclusão
O email marketing é um excelente investimento. A prova disso é a sua classificação como maior ROI do marketing digital há anos.
Em contrapartida, o spam representa tudo de ruim para a comunicação via email, com prejuízos que detonam a reputação dos remetentes, além da disseminação de malwares contendo golpes de phishing, ransonware, dentre outros danos.
Portanto, quem utiliza o email de forma profissional deve evitar os spams construindo listas saudáveis e fazendo a verificação de emails regularmente.
Quem é consumidor deve manter-se atento à troca de senhas do email e rastreamento realizado pelo antivírus. Ambos realizados com frequência.
FAQ
Os supostos ganhos financeiros de um spammer é o que mais impulsiona alguém a insistir nessa ação, desde a comercialização de listas de contatos frios até a disseminação de golpes de phishing.
É importante frisar que as pessoas que executam ações desse tipo podem ser hackers, ou seja, pessoas treinadas em burlar os sistemas de segurança dos filtros de spam para tirar proveito dos usuários, seja enviando propagandas (spam “simples”) até o disparo de mensagens portadoras de malwares.
Para os consumidores, a atenção é muito importante, tanto para a troca de senhas, como também no recebimento de emails suspeitos (não abrir links, anexos etc.) e na execução do escaneamento do antivírus periodicamente.
Para os profissionais, a forma mais segura de manter os spams longe é a criação de listas contendo leads reais, através de um formulário de cadastro integrado a uma API de verificação de emails em tempo real.